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Tudo começou...

com o inconformismo de Dª. Eva Marisa Alves, moradora da Baixada do Glicério há 25 anos. Contemplando dia após dia a situação de risco dos jovens que ali cresciam e envolviam-se com a criminalidade, viu-se encurralada diante da seguinte situação: “Sou mãe e terei que criar meus filhos aqui; já que não tenho possibilidade de mudar-me, a única alternativa é mudar este bairro pra melhor”.E é esta mudança que persegue desde então.Diarista, mãe solteira, passou a investir seus poucos recursos em atividades com as crianças e adolescentes de seu bairro.

 

Inicialmente, levava-os às programações especiais de sua igreja envolvendo atividades teatrais e artísticas em geral. Aos poucos foi percebendo que a única “atração” que ganhava da sedução das ruas era o esporte, e entre eles, o futebol. Então começou a formar times e inscrevê-los em campeonatos.

 

Sem um local para treinar, o jeito era buscar espaços públicos. A opção mais próxima era o parque da Aclimação, a cerca de 4 quilômetros de distância. Como o trajeto era feito à pé, era comum ver Dona Eva (carinhosamente chamada de Tia Eva) caminhando nas ruas nas manhãs de sábado, acompanhada de dezenas de crianças.

 

Mas sua preocupação ia além da esportiva; Informava-se constantemente dos programas de inclusão social na regional da Sé. Nesta época, vários meninos participaram do projeto “Bombeiro Mirim”, por exemplo.

 

Em 2001 buscou ajuda de uma instituição chamada Atletas de Cristo que trabalhava com esporte e a partir daí passou a contar com profissionais voluntários que organizaram os times e treinavam as crianças, mas ainda neste esquema “itinerante”. Em 2004, Atletas de Cristo enviou um professor que passou a morar na comunidade e dedicar tempo integral ao projeto.

 

Entre muitas tentativas de conseguir um espaço para treino, buscou a reabertura de uma antiga praça que tinha sido alvo de invasão e por isso passara a ser utilizada como estacionamento de viaturas do Corpo de Bombeiros. Porém o local foi desocupado sem condições de utilização.

 

Mas seu grande alvo já vinha sendo uma área ocupada pelo antigo Batalhão do Exército, dentro do seu bairro. Então começou uma verdadeira luta que levou 10 anos e culminou com a cessão do terreno vizinho ao Batalhão que serviu de estacionamento no passado e vinha sendo utilizado como pátio de obras.

 

Com a intervenção decisiva da 1ª. Dama do Estado na época, D. Lu Alckimin, o espaço de 7.000 metros quadrados foi cedido pela Secretaria de Segurança Pública, e a Comunidade Esportiva Glicério ergueu sua sede. O investimento 320.000 reais para construção do complexo desportivo foi patrocinado pela operadora VIVO e pelo banco LUSO BRASILEIRO. A pedra fundamental da escolinha foi lançada em abril de 2005 e sua inauguração aconteceu em 2006 e vem funcionando desde então.

 

Com outros moradores e apoiadores do projeto, fundou a ONG chamada “Comunidade Novo Glicério” cujo objetivo é lutar por uma nova vida para a Baixada do Glicério

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